sábado, 3 de novembro de 2012

CAPITULO DOIS.... SEGUE A SAGA DO CHEFE....

Montanhas de dinheiro: em pacotes,


malas, carros-fortes e até em cuecas

Da mesma forma que não se pode deixar de reconhecer os avanços das políticas sociais

responsáveis por tirar milhões de brasileiros da pobreza nos dois governos do presidente

Lula, não há como minimizar o expressivo crescimento econômico e o incremento da inserção

do Brasil no cenário mundial, também registrados no período.

A era Lula significou, contudo, a continuidade do jeito criminoso de se fazer política no

Brasil. Com a ressalva das honrosas exceções, o grande objetivo das ações dos representantes

do povo manteve-se o mesmo: usar cargos públicos para participar de esquemas cuja

finalidade primordial era desviar o dinheiro dos contribuintes. Obter comissões e caixinhas.

Propinas. Para boa parte dos políticos brasileiros, independentemente da coloração partidária,

a atividade política ainda é o caminho fácil do enriquecimento.

A notícia em destaque nas primeiras páginas dos jornais, no auge do escândalo do

mensalão, chocou o País: uma bolada de R$ 200 mil, acondicionada numa maleta, e outros

US$ 100 mil escondidos na cueca, tudo transportado pelo assessor de um deputado do PT

(Partido dos Trabalhadores, a legenda fundada pelo presidente Lula), preso no aeroporto de

Congonhas, em São Paulo.

José Adalberto Vieira da Silva trabalhava para o deputado José Nobre Guimarães (PTCE),

irmão do então presidente nacional do PT, José Genoino (SP). Rápido, José Adalberto

apagou a memória do celular. Disse ser agricultor. O dinheiro em seu poder, procurou justificar,

era resultado do comércio de verduras. Logo foi desmascarado. Confessou quem era.

Detido pela polícia, usou o paletó para cobrir o rosto e se esconder dos fotógrafos.

Outra imagem que marcou os anos Lula é a da montanha de dinheiro apreendida pela

Polícia Federal no hotel Ibis Congonhas, em São Paulo, pouco antes das eleições nas quais

Lula conquistaria seu segundo mandato, em 2006. O R$ 1,7 milhão em cédulas de reais e

dólares seriam usados pelo PT para comprar um dossiê contra políticos da oposição.

A Polícia Federal acusou Hamilton Lacerda, coordenador da campanha do senador Aloizio

Mercadante (PT-SP), candidato petista a governador de São Paulo naquele ano, de ter levado

o dinheiro da corrupção ao hotel. Ele foi filmado por câmeras de segurança no saguão do

Ibis Congonhas, um dia antes da ação policial. Portava uma mala e se mostrava tenso.

Nas mãos cerradas de Hamilton Lacerda, a mala preta de viagem com a alça em volta do

ombro, uma garantia a mais de que ninguém roubaria a preciosa carga no lobby do hotel. Ele

pegou o elevador e entrou num quarto. Saiu sem a mala. Na madrugada seguinte, voltou ao

Ibis. Desta vez com uma maleta e uma sacola plástica. Tudo filmado. Foi embora depois,

sem a sacola. A explicação da Polícia Federal: o R$ 1,7 milhão não coube na mala que

Hamilton Lacerda trouxera na véspera, e ele retornou com mais dinheiro.

Quando o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou o escândalo do mensalão,

apresentou ao País o empresário Marcos Valério, dono de agências de publicidade. Roberto

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Jefferson era presidente nacional do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), partido da base

aliada de Lula. Confessou que Marcos Valério entregou-lhe R$ 4 milhões em 2004. Roberto

Jefferson descreveu Marcos Valério e como recebeu a propina:

- É carequinha, falante e fala em dinheiro como se fosse assim uma coisa que caísse do

céu. Primeiro foram R$ 2,2 milhões. Em duas malas enormes, notas de R$ 50 e R$ 100,

etiquetadas por Banco Rural e Banco do Brasil. E três dias depois, (...) ele volta com R$ 1,8

milhão. Notas de R$ 50 e R$ 100, Banco Rural e Banco do Brasil e a promessa de outras

quatro parcelas iguais.

Roberto Jefferson citou Emerson Palmieri, apresentado como tesoureiro informal do PTB:

- Eu pedi ao Emerson Palmieri que guardasse o dinheiro no cofre de um armário

de aço, grande.

Emerson Palmieri confirmou os dois pagamentos. E acrescentou que as duas malas com

a bolada eram “de rodinhas”. E a maioria das notas de R$ 50, sendo “poucas notas de R$

100”. O tesoureiro deu mais detalhes: foi encarregado por Roberto Jefferson de dividir o

dinheiro no que chamou de “bolos” de R$ 150 mil e R$ 200 mil:

- Não coube tudo no cofre do partido, passei uma parte para um armário do lado. Entreguei

a chave ao deputado Roberto Jefferson e ele me pediu sigilo.

Outra testemunha importante do escândalo do mensalão, a secretária de Marcos Valério.

Fernanda Karina Ramos Somaggio relatou que Marcos Valério mantinha frequentes contatos

com Delúbio Soares, tesoureiro do PT, e fazia reuniões “com o pessoal do PT”:

- Quando ele saía para as reuniões, antes de sair, passava no andar de baixo, no Departamento

Financeiro, e saía com uma mala.

Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Fernanda Karina Ramos

Somaggio deu pormenores. Mencionou Geysa Dias dos Santos e Simone Vasconcelos,

funcionárias de confiança da agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério:

- Quando o senhor Marcos ia a Brasília, sempre no dia ou no dia anterior eram sacadas

grandes quantias de dinheiro, pela Geysa ou pelos boys. Os boys falavam que tinha saque de

R$ 1 milhão. O dinheiro era levado para o Departamento Financeiro da agência, onde a

Simone e a Geysa dividiam os maços e colocavam nas malas.

Outro trecho do depoimento de Fernanda Karina:

- O senhor Marcos passava na empresa e pegava as malas para levar no avião fretado.

Algumas vezes, a Simone dizia que ficava em um hotel em Brasília, dentro de um quarto, o

dia todo, contando dinheiro. E era um entra e sai de homem que ela ficava muito cansada.

Ela só contava dinheiro e passava para essas pessoas.

À CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou corrupção nos Correios,

Fernanda Karina falou da logística dos saques de dinheiro vivo no Banco Rural:

- A Simone ligava, avisando que os boys iam passar no banco e a agência abria mais

cedo. Eram dois ou três boys que se dirigiam ao banco para dar garantia, em caso de assalto.

Acontecia pelo menos uma vez por semana. O dinheiro era acomodado em valises tipo 007,

que ficavam no Departamento de Finanças da agência.

Fernanda Karina envolveu outras pessoas, como o líder do PMDB, deputado José Borba

(PR), que renunciaria ao mandato durante as investigações do escândalo do mensalão, e

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Silvio Pereira, o secretário-geral do PT, surpreendido com um jipe importado em seu nome,

mimo de uma empresa contratada pela Petrobras:

- Uma vez, eu me lembro que o senhor Marcos saiu com uma mala e foi para Brasília no

avião do Banco Rural. E eu sabia que nessa mala tinha dinheiro. Ele pediu para eu ligar para

o José Borba e depois para Delúbio ou Silvio Pereira, para dizer que estava indo para Brasília

encontrar José Borba.

Ministro dos Transportes de Lula, Anderson Adauto (PL-MG) também foi acusado por

Fernanda Karina:

- O irmão dele foi lá na agência, pegou uma mala de dinheiro e foi embora.

Outro caso rumoroso ocorreria no gabinete do ministro Anderson Adauto, no segundo

semestre de 2003. Da reunião teriam participado, além de Anderson Adauto, Roberto

Jefferson, outros dois deputados e Delúbio Soares, que supostamente levou uma mala de

dinheiro para dividir entre os presentes.

Foi rico o depoimento de José Francisco de Almeida Rego à Polícia Federal. Ele era

tesoureiro do Banco Rural e contou como a SMPB de Marcos Valério remetia dinheiro de

Minas Gerais a Brasília. Os saques tornaram-se usuais desde o início de 2003, no primeiro

ano do governo Lula. As retiradas chegavam à casa dos R$ 200 mil por operação. Um fax

mencionava os valores e os nomes dos sacadores.

O tesoureiro José Francisco de Almeida Rego cuidava da liberação do dinheiro junto ao

Banco Central. Para evitar que os saques ficassem volumosos, trabalhava com notas de R$

50 e R$ 100. Era tudo levado a uma determinada sala do Banco Rural em Brasília. As

cédulas eram colocadas em bolsas trazidas pelos próprios sacadores. Gente apressada que ia

embora, em geral, sem conferir os valores.

Simone Vasconcelos também cuidava de fazer retiradas na agência do Banco Rural do

Brasília Shopping. Mas nem sempre levava o dinheiro com ela. Assinava recibos e listava os

nomes daqueles que passariam depois para receber. Desta forma, os nomes dos beneficiários

não ficavam registrados como sacadores. As pessoas simplesmente não eram identificadas.

As investigações do escândalo do mensalão demonstraram que Marcos Valério operou a

distribuição de dinheiro a deputados que apoiavam o governo Lula. Simone Vasconcelos

fazia o trabalho de coordenar a entrega das somas. Foram atribuídos a ela saques de R$ 6,1

milhões. Cenas de cinema em outubro de 2003. Simone Vasconcelos fez duas retiradas,

uma de R$ 800 mil e outra de R$ 650 mil. A bolada chegou de carro-forte ao escritório da

SMPB em Brasília.

Em depoimento à CPI dos Correios, Simone Vasconcelos disse que se sentia “constrangida

e preocupada de estar sendo identificada por desconhecidos”, e também por estar “entregando

altas somas de dinheiro para estes, sem ao menos saber quem eram”.

Uma vez, Marcos Valério quis saber a cor da blusa de Simone, “para que fosse identificada

pelo estranho que deveria receber o dinheiro”. Ela também levou dinheiro a hotéis de luxo

onde estava Marcos Valério. As entregas chegavam a R$ 300 mil.

Em determinada ocasião, outra cena cinematográfica: Simone Vasconcelos teve de localizar

um táxi estacionado na frente de um certo centro de compras em Brasília e entregar ao

ocupante desconhecido um pacote de dinheiro.

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Outro que chamou a atenção no esquema Marcos Valério foi um policial mineiro de

nome David Rodrigues Alves, a quem foram atribuídos saques de até R$ 6,5 milhões. Ele

informou que recebia pagamento variando entre R$ 50 e R$ 100 por vez que ia buscar

dinheiro em agências do Banco Rural em Belo Horizonte. Tinha a incumbência de levar as

somas a Cristiano de Mello Paz, sócio de Marcos Valério na SMPB. Palavras do policial:

- Os pacotes já estavam prontos nas agências, eu apenas assinava o recebimento. Meu

trabalho era retirar o dinheiro e entregar na SMPB.

De acordo com David Rodrigues Alves, ficava tudo separado no banco, em maços lacrados.

O transporte era feito em caixas de sapato, de camisa ou de telefone celular, dependendo

da quantia. Ele confessou que fazia até três viagens por dia. Carregava de R$ 50 mil a R$

150 mil por vez.

Para não vincular Lula ao esquema de corrupção, o poderoso ministro da Casa Civil,

José Dirceu (PT-SP), braço direito do presidente, fez o que pôde para evitar ser relacionado

a Marcos Valério. Se fosse descoberta ligação entre os dois, ficaria difícil dizer que Lula não

tinha nada a ver com o escândalo do mensalão. Afinal, o presidente era o grande beneficiário

do esquema: o suborno de parlamentares garantia maioria no Congresso para o governo

Lula. O esforço de José Dirceu foi em vão.

A ligação José Dirceu/Marcos Valério ficou escancarada na compra de um apartamento

em São Paulo por Maria Ângela Saragoça, ex-mulher de José Dirceu. Depois de ser contratada

pelo BMG, banco também próximo de Marcos Valério e envolvido no esquema, Maria

Ângela Saragoça recebeu empréstimo do Banco Rural. Ela também queria um apartamento

novo. Vendeu o velho a Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério. Na hora de comprar o

novo, levou dinheiro vivo, dentro de uma sacola.

Um caso terrível foi o assassinato do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT).

Aqui, José Dirceu também acabou envolvido. Ele foi acusado pelo promotor Amaro Thomé,

responsável pela investigação da morte de Celso Daniel:

- Parte dos recursos arrecadados em Santo André era utilizada em campanhas eleitorais

do PT, levado em malas de dinheiro para o escritório de Dirceu.

Bruno Daniel, irmão do prefeito morto, afirmou ter ouvido do chefe de gabinete do presidente

Lula, Gilberto Carvalho (PT-SP), detalhes do caminho da propina em Santo André.

Antes de ser guindado para o governo Lula, Gilberto Carvalho era secretário do prefeito Celso

Daniel. Do depoimento de Bruno Daniel à CPI dos Bingos, referindo-se a Gilberto Carvalho:

- Ele foi claro: disse que os recursos arrecadados eram enviados ao PT para serem usados

no financiamento de campanhas. Era ele quem entregava o dinheiro a José Dirceu. Ele disse

que havia momentos de tensão porque carregava o dinheiro, sem segurança, em seu Corsa

preto e, em uma só ocasião, entregou R$ 1,2 milhão ao deputado Dirceu.

Em sessão sigilosa da CPI dos Bingos, uma ex-empregada de Celso Daniel disse ter

encontrado três sacolas com dinheiro no apartamento do então prefeito. Antes de ser

morto, no início de 2002, Celso Daniel era coordenador da campanha de Lula a presidente

da República.

José Dirceu também foi envolvido com a distribuição de dinheiro na campanha eleitoral

para prefeito de Londrina (PR), em 2004. Na época ele ainda era o superministro do presi13

dente Lula. Quem o denunciou foi Soraya Garcia, assessora financeira do prefeito Nedson

Micheletti (PT), candidato à reeleição. Segundo ela, José Dirceu circulou na cidade num

automóvel blindado da marca BMW:

- O ministro José Dirceu veio a Londrina em 18 de setembro. Era um sábado e durante a

semana todo o mundo no comitê financeiro reclamava de dificuldades para pagar contas de

campanha. Na segunda-feira o comitê tinha R$ 300 mil em caixa. Todo esse dinheiro era em

notas de R$ 100 e com lacre do Banco do Brasil.

Soraya Garcia prestou depoimento à Polícia Federal. Oficialmente, a campanha eleitoral

do PT em Londrina saiu por R$ 1,3 milhão. Já de acordo com ela, custou R$ 7,8 milhões. O

dinheiro aparecia dentro de sacos plásticos de lixo e em sacolas de lojas.

Outro caso ocorrido na campanha de reeleição de Nedson Micheletti em Londrina. Foi

narrado pelo motorista Rogério Bicheri. Ele trabalhava para o PT e recebeu ordens de pegar

dinheiro vivo no apartamento de Zeno Minuzo, um assessor de Paulo Bernardo (PT-PR),

nomeado por Lula ministro do Planejamento. Do motorista:

- Fui duas vezes lá, em setembro e em outubro de 2004, dirigindo o carro de Fábio Reali,

assessor do prefeito. Estacionei e o Fábio voltou com 20 envelopes, todos com nomes de

coordenadores e vereadores em campanha. Era coisa de uns R$ 50 mil. Ele botou dois

envelopes no porta luvas, e o resto debaixo do banco. Ele disse que dessa forma, se fôssemos

roubados, levariam menos dinheiro.

Diversos casos vincularam malas recheadas de dinheiro ao PT nos anos Lula. No final

de 2007, veio à tona a história de uma mala abarrotada com R$ 500 mil, entregue ao partido

do presidente da República por duas empresas supostamente laranjas que teriam agido a

serviço da empresa multinacional norte-americana Cisco, interessada em vender produtos

de informática para a Caixa Econômica Federal.

Um caso que deu o que falar envolveu a multinacional norte-americana Gtech, da área

de sistemas de informação, e a mesma Caixa Econômica Federal. Vale a pena registrar a

acareação promovida pela CPI dos Bingos entre Rogério Buratti, ligado ao esquema do

então ministro da Fazenda, Antonio Palocci (PT-SP), a quem a Caixa estava subordinada, e

Marcelo Rovai, diretor da empresa multinacional.

A discussão entre os dois era sobre a propina que Rogério Buratti disse ter sido oferecida

pela Gtech para renegociar um contrato com a Caixa. A multinacional estaria disposta a

desembolsar entre R$ 500 mil e R$ 16 milhões, dependendo do que ficasse acertado, sendo

que no final do negócio a empresa teria consumado um pagamento de R$ 5 milhões a uma

intermediária da corrupção, uma empresa de nome MM Consultoria. A reação de Marcelo

Rovai ao dirigir-se a Rogério Buratti, que se tornara dono de empresas de ônibus:

- O senhor recusou R$ 16 milhões. O senhor, com a sua biografia, recusou? Quantos

ônibus dava para comprar com esse dinheiro?

Agora o depoimento à CPI dos Bingos de Walter dos Santos Neto, da tal MM Consultoria.

Ele estava protegido por habeas-corpus para não ser preso. Tentou dar origem lícita para os

R$ 5 milhões e, para justificar o destino do dinheiro e negar ter sido um intermediário da

propina, disse sofrer do distúrbio “compulsão ou disfunção do gasto”. Declarou assim:

- Posso dizer que a motivação que sempre tive em relação ao dinheiro vem de uma

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deformação de minha personalidade, a necessidade de ver o dinheiro, de se sentir com

o poder.

Assim, Walter dos Santos Neto alegou ter sacado R$ 650 mil transferidos pela Gtech,

por exemplo, e mandado entregar o dinheiro em sua casa em carro-forte, a fim de gastá-lo:

- Minhas despesas são chocantes, gasto com frivolidades. Sou uma pessoa doente e

comecei a fazer tratamento psiquiátrico.

Depois que José Dirceu foi cassado por corrupção, Antonio Palocci virou o superministro

de Lula. Mas por pouco tempo. Caiu sob a acusação de ter determinado a violação do sigilo

bancário de um homem simples, o caseiro Francenildo Santos Costa, encarregado de cuidar

de uma mansão em Brasília que ficou conhecida como a “casa dos prazeres”. Lá, a turma de

Antonio Palocci se divertia com garotas de programa.

A agenciadora das prostitutas era Jeany Mary Corner. Ela contou que Rogério Buratti,

fiel escudeiro de Antonio Palocci, montou um esquema no qual as “meninas” punham dinheiro

dentro de revistas que eram colocadas em envelopes de papel. E saíam por Brasília

entregando a “correspondência”. Elas teriam pagado mensalões de R$ 50 mil a oito deputados.

Jeany Mary Corner também recebeu R$ 50 mil. Para ficar quieta. Justificou:

- Fiquei no anonimato todo esse tempo. Fui muito digna. Diferentemente de outros que

abriram a boca. Por isso, pedi ajuda. Isso é chantagem?

O caseiro Francenildo Santos Costa viu a dinheirama que rolava na “casa dos prazeres”.

Afirmação dele ao envolver Vladimir Poleto, também ligado a Antonio Palocci:

- Via, via notas, pacotes de R$ 100 e R$ 50 na mala de Vladimir. Ele trazia muito dinheiro.

Vladimir Poleto prestava serviços para Antonio Palocci desde quando o ministro da

Fazenda de Lula era prefeito de Ribeirão Preto (SP). Depois da morte do prefeito Celso

Daniel, o prefeito Antonio Palocci assumiu o papel de coordenador de campanha de Lula.

Alguns meses antes da eleição, Vladimir Poleto foi a Brasília de avião apanhar três

caixas de bebida, todas lacradas com fitas adesivas. Caixas de uísque e de rum cubano.

Dentro, cédulas norte-americanas. O dinheiro, US$ 1,4 milhão ou US$ 3 milhões, dependendo

da versão, teria vindo de Cuba para irrigar a campanha de Lula.

Transportadas para São Paulo, as tais caixas foram parar nas mãos de Ralf Barquete,

outro prócere da “república de Ribeirão Preto”, e levadas num automóvel Omega, blindado,

até o destino final: as mãos do tesoureiro Delúbio Soares.

Delúbio Soares, aliás, tornou-se bode expiatório para as tramóias do PT. Num dos raros

momentos em que se despiu do papel de único responsável por todos os males, o tesoureiro,

amigo histórico de Lula, escreveu uma carta endereçada ao PT, para afirmar que o caixa 2 é

“prática antiga e habitual no partido, pela qual jamais se viu uma punição”. E, com ironia:

“Respeito a ingenuidade. Não sei, no entanto, de onde imaginavam que o dinheiro

viria – se do céu, puxado por renas e conduzido por um senhor vestido de vermelho – e

menos ainda me recordo de que alguma preocupação com a origem desses recursos tenha

me sido transmitida.”

Mais uma montanha de dinheiro, desta vez para pagar parte da encomenda de 2,7 milhões

de camisetas à Coteminas, empresa do vice-presidente da República, José Alencar. O

PT levou em cash R$ 1 milhão. O dinheiro foi entregue por Marice Corrêa de Lima, coorde......



O RESTO ... CONTINUA NA OBRA.... SE DER TEMPO ... NÁO PERCA OS PROXIMOS CAPITULOS... MAS ASSISTA O JULGAMENTO SO STF.... ASSIM VAIS ENTENDER O PORQUE????????????????????

Um comentário:

  1. TAI AMIGOS... ALGO QUE PARECE SER UTOPIA... ALGO QUE SEJA INVENTADO... OU MESMO CRIADO POR UM MALUCO BELEZA... COMO DIRIA RAUL XEIXAS....

    MAS INFELIZMENTE TUDO É VERDADE... TUDO REAL... E QUANTOS MILHÓES SE FORAM DO NOSSO RICO DINHEIRINHO... LA PARA OUTRO PARAISO FISCAL...

    OU PARA O BOLSO DE UM FILHO INTELIGENTE QUE CONSEGUE COM 2500,00 POR MES AMEALHAR EM 8 ANOS... NÁO MAIS NÁO MENOS QUE 170 MILHÓES DE REAIS.... OU SEJA O MIDAS DAS FINANÇAS

    PORTANTO AMIGOS... LEIA O LIVRO E VEJA QUE ESTAMOS NO BRASIL...

    POR MUITO MENOS... NIXON COM SEUS 11 HOMENS... PERDEU O CARGO DE PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA DO NORTE... E AINDA SAIU PELA PORTA DETRAS DA CASA BRANCA...


    E O COLLOR QUE TANTOS ACHARAM QUE ROUBOU... 800 MILHÓES ... IMAGINE QUANTO ESSE CHEFE ROUBOU... SO TEM APENAS 2 BILHÓES DE DOLARES NO BANCO DA SUIÇA... E SUA ESPOSA JÁ POSSUI CIDADANIA ITALIANA... ISSO MESMO...


    NO PAIS EM QUE BATISTI ERA PROCURADO COMO TERRORISTA E MATOU 9 PESSOAS AQUI COMO AMIGO DO CHEFE... ESTA LIVRE E SOLTO ANDANDO PELO PAIS....

    E COM CERTEZA O BERLUSCONI... QUE FOI PROCESSADO POR MUITO MENOS... ANDA POR LÁ TÁO SUJO QUANTO NOSSO CHEFE.... RISOS

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